UMA MINERAÇÃO PARA AS PESSOAS
Caros leitores,
A edição deste mês do Simineral ON traz um estudo completo realizado pelo nosso sindicato, o Boletim da Indústria Mineral do Pará. O documento disponibiliza à sociedade em geral um balanço com dados atuais do setor mineral, nos possibilitando a compreensão global de como a indústria mineral se desenvolve no primeiro semestre deste ano.
O Pará é um dos maiores exportadores de minérios do país. Isso mostra a importância e a grandiosidade das atividades desenvolvidas na região, trazendo mais possibilidade de investimentos nos municípios, novas empresas para atuação local, desenvolvimento de pessoas e geração de empregos. Essa é mais uma contribuição que o Simineral traz ao público possibilitando a reflexão com base na pesquisa consolidada.
Além de poder conferir o estudo, o Simineral ON também celebra o Dia da Amazônia, destacando as ações e projetos que são desempenhados pelas mineradoras. O meio ambiente é um tema prioritário para o setor e é sempre fundamental ter conhecimento sobre iniciativas que valorizem a preservação da floresta em pé.
Uma boa leitura a todos.
Presidente do Simineral
Guido Germani,
Presidente do Simineral
PARÁ ENTRE
OS MAIORES
EXPORTADORES
DE MINÉRIOS
DO PAÍS
O Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) divulgou o Boletim da Indústria Mineral do Pará, um balanço que aponta dados atuais do setor mineral, do primeiro semestre de 2022
O ranking de exportações das indústrias da mineração por estado revela o Pará como segundo maior exportador de produtos do setor, atingindo o valor de US$ 8,8 bilhões e uma participação de 83%, em relação ao valor total exportado pelo estado.
Segundo o balanço, a indústria mineral continua sendo uma das principais responsáveis pelo bom desempenho do Pará e do país na comercialização com o mercado externo, em função da forte demanda de minério de ferro. O documento completo está disponível no site do Simineral.
Assista o vídeo
AS RECEITAS QUE
VÊM DA FLORESTA.
Na Amazônia, a gastronomia está diretamente ligada à floresta. Seja nos centros urbanos, nas vilas ribeirinhas ou nas comunidades rurais. É assim que surgem os sabores e as tradições culinárias da região: do que é plantado, mas também do que a floresta tem a oferecer.
Na segunda temporada de Receitas da Floresta, série produzida pela Vale, a chef carioca Kátia Barbosa visita comunidades que têm no manejo sustentável e na agricultura familiar a sua principal fonte de subsistência. E mostra, também, a importância da conservação da floresta por meio das ações ambientais desenvolvidas pela mineradora.
A série, em cinco episódios, conta ainda com a participação do chef paraense Thiago Castanho e está disponível no canal da Vale no Youtube.

AÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO
A Hydro atua de forma integrada na cadeia do alumínio desde a extração da bauxita, transformação do alumínio, geração de energia e produtos extrudados, além de ter como propósito criar uma sociedade mais viável, desenvolvendo recursos naturais em produtos e soluções de forma inovadora e eficiente.
Para tanto, no final de 2021 a empresa lançou suas ambições em sustentabilidade com foco em 3 pilares: Clima, Meio Ambiente e Sociedade. A ambição global da empresa é produzir alumínio com baixo teor de carbono e atingir a marca carbono zero até 2050. Hoje, a Hydro atua reduzindo sua pegada ambiental (ecológica, de carbono e hídrica), com uma gestão proativa de impactos, recursos e resíduos, e contribuição socioambiental, mantendo um diálogo aberto e transparente, e buscando contínuas melhorias operacionais.
Na sua mina em Paragominas, a empresa possui um programa de reabilitação com o objetivo de monitorar a flora e fauna e melhorar o processo de reabilitação das áreas mineradas, com a ambição de zerar a perda líquida de biodiversidade. O programa é apoiado por universidades brasileiras locais em parceria com a Universidade de Oslo e a Hydro, por meio do Consórcio de Pesquisa em Biodiversidade Brasil-Noruega (BRC).
Mais de 2.600 hectares já foram reflorestados na região da Hydro Paragominas desde 2009. Em 2021 foram reabilitados um total de cerca de 290 hectares pela Hydro Paragominas, dos quais aproximadamente 45% do reflorestamento foi realizado com a técnica de nucleação e 55% com o plantio tradicional. A nucleação consiste na formação de “ilhas” ou núcleos de vegetação com espécies com capacidade ecológica de melhorar significativamente o ambiente, facilitando a ocupação dessa área por outras espécies. As espécies usadas na recuperação das áreas da Hydro Paragominas são referenciadas no inventário feito pela empresa, antes da extração do minério, com aproximadamente 50 espécies adaptáveis à realidade da região. Dentre as espécies, já foram plantados ipê amarelo, maçaranduba, jatobá, copaíba, ingá-de-macaco, sucuuba, paricá, fava bolota.
Para demonstrar os seus programas de controle ambiental e criar maior conexão com os stakeholders, em 2019, a Hydro Paragominas criou um espaço para o desenvolvimento do Programa de Educação Ambiental: uma trilha ecológica de 114 metros, que abriga orquídeas, bromélias, espécies florestais nativas de grande relevância comercial e espécies vulneráveis. Ao percorrerem a trilha, os visitantes conhecem e constatam in loco a importância dos principais programas de monitoramento e conservação da biodiversidade da região. Também é possível observar na saída da trilha uma maquete com as metodologias aplicadas na recuperação florestal. No quiosque de apoio, os visitantes recebem informações sobre as iniciativas e podem verificar a área de plantio histórico na empresa.
Essas medidas contribuem para a conexão entre a Hydro Paragominas e seus visitantes. A trilha já recebeu o poder público, instituições de ensino, secretarias de meio ambiente e jornalistas, além dos empregados diretos e contratados. Também como importante espaço de educação ambiental, a Hydro Paragominas possui um Centro de Referência Ambiental – CRA. Inaugurado em março deste ano, o CRA apresenta um panorama das iniciativas de gestão ambiental da empresa, destaca a história da empresa e mantém maquetes ilustrativas sobre as operações.

RECORDE HISTÓRICO
DE HECTARES PLANTADOS
RECORDE HISTÓRICO DE HECTARES PLANTADOS
Em sintonia com as tendências mundiais de sustentabilidade para diminuir impactos causados ao meio ambiente, o Grupo Aço Cearense conta com uma força importante na busca de uma economia cada vez mais circular, conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais e conservação do bem-estar coletivo, a SINOBRAS Florestal. No mês de maio deste ano, a empresa atingiu a sua marca histórica de 4.780 hectares de eucalipto plantados, matéria-prima utilizada na produção do redutor bioenergético fornecido para a Siderúrgica Norte Brasil S. A. - SINOBRAS, que também faz parte do Grupo Aço Cearense. O recorde foi registrado no programa de plantio 22/23, atingindo mais de 4 milhões de mudas plantadas em áreas de 5 fazendas da empresa.
A SINOBRAS Florestal passou por algumas etapas para chegar a esse resultado, como planejamento, compra, disponibilidade e chegada dos insumos e mudas na data programada, mão de obra, equipamentos, replantio, chuva na medida certa, distância dos plantios e infraestrutura móvel para colaboradores e máquinas. “Esse recorde reforça o nosso caminho para a autossustentabilidade no fornecimento de redutor bioenergético para a produção de aço da SINOBRAS. Estamos expandindo o nosso ativo florestal, aumentando a capacidade de produção de carvão vegetal e o programa de plantio para 4.000 hectares/ano”, ressalta Juliane Costa, Gerente da SINOBRAS Florestal.
Hoje, a SINOBRAS Florestal gera cerca de 200 empregos diretos e, na época de plantio, esse número praticamente dobra com as contratações para as operações sazonais. A empresa realiza ainda parcerias com instituições como a Universidade Federal de Viçosa, por meio da EMBRAPII - Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, em prol do desenvolvimento e fortalecimento da capacidade de inovação brasileira, gerando grande valor para o estado do Tocantins.
Localizada no município de São Bento do Tocantins (TO), a SINOBRAS Florestal é a empresa do Grupo Aço Cearense responsável pelo fornecimento do redutor bioenergético, utilizado na produção de aço da Siderúrgica Norte Brasil S.A. – SINOBRAS, outra empresa do Grupo. A empresa surgiu há 15 anos e está em amplo crescimento, abrangendo plantações de eucalipto, matéria-prima para a produção do redutor bioenergético. No final do ano de 2021, a SINOBRAS Florestal adquiriu mais uma fazenda, totalizando uma área aproximadamente de 40.000 hectares, com propriedades distribuídas nos municípios de São Bento do Tocantins, Araguatins e Ananás (TO).
A SINOBRAS Florestal conta com duas Unidades de Produção de Redutor Bioenergético equipadas com fornos retangulares, que mitigam os impactos ambientais. Além disso, adota modelos de operações mecanizadas em suas operações os módulos de colheita, transporte, e produção de redutor bioenergético.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E PROTEÇÃO DO BIOMA AMAZÔNICO
Com dois terços de florestas naturais do Brasil e cobrindo quase 50% do território brasileiro, a Amazônia é o maior bioma do país. Com extensão aproximada de 421 milhões de hectares, o ecossistema concentra uma diversidade de espécies da fauna e flora. Por essa razão, na busca coletiva da sociedade por um futuro mais sustentável, as empresas vêm apostando em tecnologias e soluções para operar com responsabilidade socioambiental e, acima de tudo, promover ações que possam permitir as comunidades prosperam e preservar a floresta amazônica.
Na região Oeste, o município de Juruti, onde está localizada a unidade da Alcoa, é um exemplo de uma já consolidada política de valorização dos povos originários da floresta, além de ações de reflorestamento e preservação, que envolvem diretamente a comunidade, e Instituições de Ensino Superior, por meio da produção científica.
Em parceria com o Poder Público e consultorias especializadas, a Alcoa contribui com o Plano de Conservação da Biodiversidade e o Zoneamento Econômico-Ecológico de Juruti e a criação das Unidades de Conservação: Reserva de Vida Silvestre Lago Mole e APA Jará, esta última contou com aporte de R$ 1,5 milhão da Fundação Alcoa e atua para proteger o ecossistema presente em 5 mil hectares de floresta amazônica, entre áreas de várzea e igapós, igarapés e lagos.
A forte integração com a comunidade e o meio ambiente está presente na própria atividade de mineração. Pioneiro no país, o método de nucleação foi premiado nacionalmente no ano de 2013 por acelerar a reabilitação de áreas mineradas e contribuir para o desenvolvimento social e econômico de comunidades rurais da região de Juruti Velho.
Esse método conta com a participação das comunidades na produção, venda e plantio das mudas, com orientação e apoio da empresa. De 2009 a 2020, foram cultivados e plantados, mais de 500 mil mudas para reflorestamento nas áreas mineradas, gerando uma receita de mais de R$ 2 milhões milhão para a comunidade. Plano de Revisão para Biodiversidade - Recentemente, a empresa firmou convênio com a Universidade de São Paulo (USP), que será responsável pela revisão do Plano de Ação para Biodiversidade. Pelos próximos cinco anos, serão realizados estudos para avaliar como o monitoramento socioambiental deve ser estruturado para analisar a eficácia da aplicação da hierarquia de mitigação, além de apoiar um sistema de governança de impactos sobre biodiversidade e serviços ecossistêmicos. De acordo com a supervisora de Biodiversidade da Alcoa, Susiele Tavares, o trabalho de pesquisa tem cinco módulos, com objetivos e métodos específicos.
“Dentre eles, serão mapeadas as relações de causalidade dos impactos sobre a biodiversidade e serviços ecossistêmicos (BSE), coleta e armazenamento de dados. Também será desenvolvido um sistema integrado de governança para avaliar a aplicação sistemática da hierarquia de mitigação de impactos sobre BSE, por meio de indicadores”, explica. O trabalho desenvolvido pela USP, tem o propósito de estudar temas de gestão de biodiversidade na área da mina e no seu entorno, contribuindo para a alcançar a meta de Perda Líquida Zero. “Nosso objetivo é descobrir qual a melhor maneira de você minimizar perdas em biodiversidade e se necessário, compensar algumas perdas que não puderem ser evitadas”, explica o Professor Doutor Luis Enrique Sanchez, titular do Departamento de Engenharia de Minas da Escola Politécnica da USP.

Um mercado
aquecido para engenharia de minas
Professora Karina Lima
Um mercado
aquecido para engenharia de minas
Trabalhar na exploração de minérios e realizar pesquisa sobre as reservas minerais são algumas das atribuições do profissional da engenharia de minas. A atuação desse profissional se torna fundamental dentro das atividades da mineração, que exige um perfil interessado em ter consciência ambiental e promover o desenvolvimento sustentável, além de acompanhar os avanços científicos na área para se atualizar sobre as novas tecnologias no campo da mineração.
A professora do curso de Engenharia de Minas da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) Karina Lima explica que a atuação profissional também envolve planejamento das atividades de mineração. “A lista de atividades é extensa, porque a área de atuação do Engenheiro de Minas é ampla. Mas dentre as principais atividades estão o planejamento das atividades de mineração, desde as etapas iniciais até o fechamento da mina, com responsabilidade ambiental; o acompanhamento e o controle de todas as operações de produção mineral, atuando tanto no escritório quanto em campo. Além disso, é possível seguir a carreira nas Pesquisa Acadêmica e Empresarial com inovação tecnológica nessas áreas”, elencou.
No Pará, além da Unifesspa, o curso também é disponibilizado pela Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Segundo a professora, o mercado de trabalho nessa área é aquecido. “A demanda por estes profissionais no estado não é suprida. Os profissionais recém-formados são rapidamente absorvidos pelo mercado e, ainda assim, faz-se necessário a contratação de Engenheiros de Minas de outros estados e até de outros países”, declarou.
A demanda fica ainda mais restrita quando se trata de gênero. A professora Karina afirma que essa ainda é uma área que as mulheres ainda são minoria. “Mas este cenário vem mudando rapidamente. Atualmente, as turmas de graduação possuem aproximadamente 50% de mulheres matriculadas. Aliado a esse fato, estatisticamente, na UNIFESSPA, a evasão de mulheres é menor. Assim, espera-se que nos próximos anos, as mulheres assumam mais vagas de trabalho nessa área”, concluiu.

A leitura como instrumento de transformação
O Podcast do Simineral ON do mês de setembro vai falar sobre como a leitura é um instrumento de transformação e troca de experiências entre as pessoas. Para abordar esse assunto, embarcamos na temática da 25ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que homenageou as personalidades paraenses: o escritor Edyr Augusto Proença e a cantora Dona Onete. A edição deste ano contemplou, dentro da programação, as Vozes do escritor paraenses, inclusão, cultura popular, memória e patrimônio, infância, inovação, Vozes Urbanas e Vozes da Amazônia.
