Editorial

Cidades Transformadoras

É com muita alegria que eu e mais um time de gestores daremos início a este segundo semestre, oficialmente, como membros da diretoria do Sindicato. Fomos eleitos em chapa única, na qual desempenharei minhas atividades como Presidente até 2026, junto a minha Vice-Presidente, Ana Carolina Alves. Nós, enquanto profissionais de anos de experiência dentro do setor mineral, temos a honra de estar à frente representando um setor de expressiva atuação na economia paraense.

Falando em economia, Canaã dos Carajás está entre as melhores cidades do Brasil, de acordo com o ranking desenvolvido pela revista IstoÉ, tema central desta edição do Simineral ON. Outras cidades como Parauapebas, Marabá, Barcarena e Curionópolis também aparecem na lista, mostrando as potencialidades desses lugares que despontam no que diz respeito ao desenvolvimento econômico.

As atividades das empresas associadas estão justamente nessas cidades e também em todo o restante do estado. Por isso, temos muita satisfação em poder ver que a mineração cumpre o seu papel enquanto incentivadora do desenvolvimento dessas regiões, com base nos conceitos de sustentabilidade, gerando emprego e renda.

Nesta edição, você confere os principais projetos de nossas associadas que estão voltadas para este propósito, que são verdadeiros exemplos de iniciativas, de acordo com a visão que o Sindicato se propõe.

Convido a todos a conferir o Simineral ON. Boa leitura!

Guido Germani,
Presidente do Simineral

Guido Germani,
Presidente do Simineral

Canaã dos Carajás

Eleita entre as melhores cidades do Brasil de 2022


O município de Canaã dos Carajás foi eleito o líder em desenvolvimento econômico, em comércio exterior, pelo Ranking Melhores Cidades do Brasil de 2022. A lista foi elaborada pela revista IstoÉ, em uma edição especial, que apontou a cidade paraense como a mais importante entre as cidades de pequeno porte. A expressiva atuação da atividade mineral e a maior renda per capita do Pará são os fatores que contribuíram para a colocação. Outros municípios paraenses que aparecem na lista são Parauapebas, Marabá e Barcarena.

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História
Casa da Mineração completa 10 anos
História

Casa da Mineração completa 10 anos

Inaugurada em 2012, a Casa da Mineração completa, neste mês de agosto, 10 anos. Localizada no centro de Belém, o local é uma iniciativa do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral) e Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que tem como missão de ser um acervo completo de informações sobre a mineração no estado e no país. O espaço também funciona como um palco de articulações com autoridades e técnicos, além de servir de local para tomadas de decisão, iniciativas de programas, projetos, políticas e ações relacionadas à atividade.

Diretoria Eleita

Nova diretoria
inicia as
atividades

A nova composição da diretoria do Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) inicia as atividades neste mês de agosto. Eleitos em chapa única, Guido Germani, como Presidente, e Ana Carolina Alves, no cargo de Vice-Presidente, cumprem o mandato até o dia 31 de julho de 2026.

Contemplando a questão da equidade de gênero, a chapa eleita tem em sua composição homens e mulheres entre os cargos de liderança, que vão desde a presidência a membros do Conselho Fiscal. A diversidade na mineração é um dos pilares prioritários entre ações e atividades internas do Simineral.

À frente do Simineral, a diretoria tem como missão promover o Sindicato como uma referência na promoção e defesa da indústria de mineração no Pará. Além disso, na agenda de gestão está o compromisso com uma mineração justa e sustentável, com o foco em temas como o desenvolvimento do associativismo e de alianças estratégicas, ética e empreendedorismo.

Em Barcarena
Em Barcarena

Agricultura familiar gera renda

Um projeto, desenvolvido em Barcarena pelo Fundo de Sustentabilidade Hydro em parceria com a Fundação Mitsui Bussan do Brasil e o Instituto Peabiru, vem impulsionando a agricultura familiar do município. Trata-se do Tipitix - Empreendedorismo Agroalimentar Comunitário. Um dos produtos desenvolvidos pelo projeto é a banana. Versátil, rica em potássio, vitaminas e fibras, a banana é considerada a fruta mais consumida no Brasil, ficando em torno de 25 quilos per capta/ano. Por isso, a produção de banana é uma atividade muito importante no agronegócio brasileiro, produzida principalmente por pequenos e médios produtores, com uso intensivo da mão de obra familiar.

Elias Bezerra cultiva a banana há cerca de cinco anos em um sítio na área urbana de Barcarena. Junto com ele, mais três pessoas da família trabalham diretamente na produção. Atualmente, ele cultiva 10 variedades do fruto, das cerca de 1000 variedades existentes, entre as espécies selvagens e as cultivadas. As espécies cultivadas pelo agricultor são a banana da terra, maçã-princesa, prata, são tomé, roxa, nanica, cacau, pacovan, inajá e missouri. Destas, as mais conhecidas no Pará são a prata, nanica e da terra. “Esses tipos mais conhecidos eu comercializo em mercearias e em alguns bairros do município, os outros tipos, mais exóticos, vendo sob encomenda, pois elas têm uma produção menor e são difíceis de serem encontradas”, explica Elias.

Com o apoio do projeto, ele transformou a banana em chips assados e o sucesso foi imediato. “Meu foco era transformar a banana em um produto mais durável, que tivesse uma boa expectativa de venda do produto. Com a grande aceitação, já estou ampliando a área de plantio do fruto e adquiri outro terreno para atender a demanda que cresceu inclusive em grandes supermercados da capital, com a ajuda do Tipitix”, diz, entusiasmado, o agricultor.

Sobre o Tipitix

Criado em 2021, o Tipitix atende a cerca de 200 agricultores familiares, produtores da mandioca e seus derivados, além de frutas, verduras, hortaliças e diversos outros produtos de mais de 20 comunidades rurais de Barcarena (PA). O projeto oferece assessoria técnica para o desenvolvimento dos produtos, infraestrutura para o beneficiamento da produção; além de apoio em design, crédito e assessoria comercial para inserção dos produtos no mercado; suporte administrativo e contábil para os procedimentos referentes à formalização e à gestão dos empreendimentos participantes.

MEIO AMBIENTE

Parque Zoobotânico Vale agora é BioParque Vale Amazônia

O Parque Zoobotânico Vale agora passa a se chamar BioParque Vale Amazônia. O espaço nasce como um dos principais centros de pesquisa, conservação e educação da biodiversidade do Brasil. Fundado há cerca de 40 anos e instalado no coração da Floresta Nacional de Carajás, no município de Parauapebas, Sudeste paraense, o bioparque ocupa 30 hectares de área, dos quais cerca de 70% de floresta nativa, dividido entre 29 recintos, conta com mais de 360 animais e um herbário, com 10 mil plantas catalogadas e certificadas pelo Jardim Botânico de Nova Iorque.

Na linha da pesquisa, em parceria com o Instituto Tecnológico Vale – Desenvolvimento Sustentável (ITV-DS), o bioparque realiza estudos sobre o DNA de espécies da Amazônia, sendo rota de produção científica de universidades do Brasil e do exterior. O espaço conta também com um centro de visitantes, sala de exposições, orquidário, entre outros, e um viveiro de imersão com mais de 65 pássaros de 22 espécies, vivendo soltos e fazendo sobrevoo entre os visitantes. Outras estruturas como hospital veterinário, setor de reprodução de aves, biotério (local dedicado ao estudo da vida, reprodução e manutenção de animais) e sala de nutrição são dedicadas aos cuidados dos animais do BioPaque Vale Amazônia.

“A mudança do nome tem como objetivo ressignificar para o público externo o que já fazemos aqui há anos, que é focar nas atividades que proporcionem o bem-estar animal e na relação entre homem e natureza, promovendo diariamente uma imersão dentro da Floresta Amazônica como espaço de convivência, centro de pesquisa e conservação de espécies da fauna e da flora amazônicas, além de diversas atividades relacionadas à educação ambiental de jovens e adultos”, explica Valéria Franco, gerente executiva de Saúde, Segurança, Meio Ambiente, Emergência e Risco do Corredor Norte.

O BioParque Vale Amazônia já registrou nascimentos importantes de espécies ameaçadas de extinção da fauna amazônica, como os primatas bugio e macaco-aranha-da-testa-vermelha, urubu-rei e seis filhotes de onça-pintada. No parque, ocorreu o primeiro sucesso reprodutivo de um gavião-real ou harpia, a maior águia encontrada no Brasil. Exemplares de ararajuba, ave símbolo da Amazônia, foram encaminhadas ao Parque Ambiental do Utinga, unidade de conservação estadual da Região Metropolitana de Belém, para serem reintroduzidas à natureza.

O supervisor do bioparque, Cesar Neto, reforça que, para os usuários, a visitação continuará proporcionando a mesma experiência de desfrutar da paisagem e de conhecer mais sobre a flora e fauna ali preservadas. "O atendimento ao público não muda. Nós vamos continuar recebendo o nosso visitante diário, assim como as turmas escolares, os universitários e pesquisadores que nos procuram como centro de referência em pesquisa de fauna e da flora da região”, ressalta.

JURUTÍ SUSTENTÁVEL

Alcoa apoia projeto de desenvolvimento em município

Com o objetivo de atender mais de 35 mil pessoas diretamente no território nos últimos três anos, além de criar um núcleo com diversas organizações e parceiros estratégicos visando o desenvolvimento das comunidades locais, a Alcoa criou e apoia o Instituto Juruti Sustentável (IJUS). Há uma década, a instituição, que possui aportes e convênios próprios, tem demonstrado sua importância para o município de Juruti e entorno, através do apoio a projetos, programas e ações para a comunidade local.

Um estudo divulgado em julho detalha a relação entre a comunidade local, incluindo o poder público, empresas e a sociedade civil, e a Alcoa e a importância da busca pelo diálogo como base para contorno dos desafios. “Esse artigo objetivou fazer um estudo de caso do IJUS, que nasce da iniciativa de responsabilidade social da empresa mineradora, detalhando seu processo histórico, desafios, aprendizados, amadurecimento, até seu momento atual”, explica Elber Diniz, secretário executivo do Instituto Juruti Sustentável.

E, nesse período, o IJUS mostrou resultados promissores para o desenvolvimento de Juruti, principalmente focado no diálogo horizontalizado entre as organizações e as comunidades locais, criando um ambiente real de soluções. A principal ferramenta é o programa de financiamento para a seleção de projetos e organizações para execução. Como resultado, foi gerado apoio a projetos de música e dança ajudando 300 jovens que encontram alternativas produtivas à ociosidade e às drogas; 150 mulheres se tornaram líderes femininas na luta pela redução da violência contra as mulheres e 70 mulheres vítimas de violência doméstica foram apoiados e treinados em empreendedorismo e geração de renda.

No setor agrícola, 20 hectares de sistema agroflorestal foram implantados com o objetivo de recuperar áreas e de gerar renda e 20 jovens agricultores começaram a fornecer produtos para compras governamentais. Uma unidade de processamento de frutas visando melhorar a qualidade dos produtos do agricultor familiar foi construída; e outra de produtos de banana foi construída para gerar trabalho e renda para 20 mulheres. Quanto à produção de abelhas, vinte pessoas receberam apoio e treinamento para conservação da biodiversidade e geração de trabalho e renda, entre outras ações.

Desde 2020, o IJUS, com o apoio da Alcoa, tornou-se um membro da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), de ação coletiva do setor privado para promover novos modelos de desenvolvimento sustentável na Amazônia. A PPA visa identificar e desenvolver soluções para a conservação da biodiversidade e dos recursos naturais da região, além de garantir a qualidade de vida das comunidades.

“O desenvolvimento sustentável requer um trabalho conjunto, responsável e transparente. Além disso, as parcerias são fundamentais para desenvolver ações na Amazônia, pois podemos fortalecer as que já tínhamos e ampliar para organizações de referencial global”, detalha Diniz.

O secretário destaca, também, que a autonomia da comunidade é fundamental para o desenvolvimento sustentável.

Como resultado da atuação do IJUS e do reconhecimento de sua importância para o território, em 2017, o Ministério da Justiça qualificou o IJUS como Organização Social de Interesse Público (OSCIP) e, em 2020 o Estado do Pará também a qualificou como interesse do Estado.“Ambas as qualificações abrem oportunidades futuras para o IJUS realizar ações diretas com parcerias e recursos das esferas Federal e Estadual”, explica Diniz.

E pensando no futuro, o Instituto está em constante evolução. “Neste momento está integrando uma nova carteira no Fundo, que é o Banco Juruti Sustentável – BANJUS que visa apoiar negócios sustentáveis em Juruti, e sem dúvida, inaugurar uma nova fase do desenvolvimento sustentável nunca experimentada no interior da Amazônia, beneficiando mais de duas mil pessoas”, projeta Diniz.

O IJUS planeja, também, estabelecer agenda 2030 e observatório de indicadores, além de promover práticas adequadas de manejo e produção sustentável. Esse material pode, inclusive, apoiar outras organizações que desejam atuar na Amazônia com responsabilidade socioambiental.

Desenvolvimento

Ações em prol da comunidade local

A SINOBRAS, uma empresa do Grupo Aço Cearense, vem contribuindo com o desenvolvimento do Brasil há mais de 15 anos, com respeito ao meio ambiente e às pessoas. Situada em Marabá, a siderúrgica realiza várias iniciativas em prol do desenvolvimento econômico, financeiro e social da comunidade local, entre elas está a Corrida do Aço. O evento, que já faz parte do calendário esportivo de Marabá (PA), será realizado no dia 25 de setembro, com largada e chegada na Praça São Félix de Valois, em frente à Orla de Marabá.

Poderão participar 700 atletas, sendo 600 corredores e 100 pessoas para a caminhada, entre colaboradores da SINOBRAS e comunidade. Os percursos serão de cinco e dez quilômetros para a corrida e três quilômetros e meio para a caminhada. O evento esportivo é realizado em comemoração ao início da produção do aço no Pará e busca incentivar o exercício físico como promotor da saúde e da qualidade de vida. Reserve a data na sua agenda e prepare-se!

Além da Corrida do Aço, a SINOBRAS, realiza outras atividades para a comunidade, como as ações do Instituto Aço Cearense e o Programa de Desenvolvimento com os Fornecedores Locais; onde são desenvolvidas capacitações, rodada de negócios e diversas ações que estimulam o empreendedorismo, potencializando o crescimento e a evolução desse público por meio do mapeamento de novos investimentos.

Podcast On

O legado aos municípios

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O Podcast do Simineral ON do mês de agosto conversa com o Diretor Executivo do Redes /Fiepa Marcel Souza, que nos mostra indicadores que consolida a importância da mineração na transformação das cidades. Também participa desta edição o professor e pesquisador Henrique Branco que explica a importância da atividade mineradora como principal impulsionadora para os demais negócios no Pará.

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