EDITORIAL

MINERAÇÃO SUSTENTÁVEL

MINERAÇÃO SUSTENTÁVEL

A mineração sustentável é um conceito bastante discutido, principalmente neste mês no qual temos muitas datas que marcam a conscientização para a temática do meio ambiente. Esse é um dos pilares mais importantes ao setor. Prova disso são os grandes investimentos em estratégias e tecnologias que visam minimizar impactos aos territórios de atuação. Na atualidade, não é mais possível falar de mineração sem considerar a responsabilidade que a prática atinge, um desafio que envolve o território ambiental, comunidades locais e capacitação.

A indústria mineral no Pará, um dos estados mais importantes quando falamos em exportação de minerários no Brasil, trabalha para garantir que o desenvolvimento de hoje não comprometa o futuro. Nesta edição, vamos acompanhar as mineradoras associadas ao Simineral utilizam tecnologias que reduzem os impactos ambientais, ajudam a preservar o meio ambiente e a desenvolver pessoas.

O Simineral acredita que a gestão das empresas deve estar comprometida e alinhada à sustentabilidade. As articulações com a esfera pública para apoiar projetos voltados às comunidades, gerando desenvolvimento para as populações das regiões de sua influência são o caminho para que todos os projetos desenvolvidos consigam avançar para um cenário onde a produtividade e a consciência ambiental andem juntas, adotando medidas baseadas no respeito ambiental.

Convido a todos a conferirem o Simineral ON.

Foto do Presidente Simineral

Guido Germani,
Presidente do Simineral

PODCAST

PA NO CAMINHO PARA REDUZIR O DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA

O podcast do Simineral ON do mês de junho de 2022, que celebra o dia mundial do meio ambiente, fala sobre sustentabilidade e as ações do Governo do Pará para reduzir o desmatamento em áreas de floresta que estão sob responsabilidade do Estado. O podcast também traz falas importantes do chefe do executivo estadual no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, realizado no fim do mês de maio.

Créditos: Agência Pará/ Bruno Cecim

PESQUISA EM BARCARENA

PRIMEIRO ESTUDO SOBRE BIODIVERSIDADE AQUÁTICA

PRIMEIRO ESTUDO SOBRE BIODIVERSIDADE AQUÁTICA

A Hydro está financiando uma pesquisa sobre a biodiversidade aquática do município de Barcarena (PA). O estudo, realizado em parceria com o Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da Universidade Federal do Pará (UFPA), tem como objetivo obter informações mais precisas sobre a diversidade, abundância, ecofisiologia e riqueza de peixes, insetos aquáticos, plâncton, perifíton (biofilme com micro-organismos) e macrófitas (plantas aquáticas) da região. A pesquisa trará como resultados bioindicadores que poderão ser utilizados pela empresa e, também, por toda a toda comunidade. Os estudos terão duração de quatro anos e um investimento de R$ 2,7 milhões. Este valor engloba materiais e equipamentos para a universidade, além de bolsas de estudo para alunos.

“Atualmente, há poucos dados sobre a biodiversidade aquática de Barcarena porque uma pesquisa como esta nunca foi realizada na região. Os resultados desta pesquisa que será feita pela UFPA, serão públicos e poderão ser consultados por todos. Este aprendizado compartilhado pode ajudar em mobilizações em prol do bem mais precioso da Amazônia: os recursos naturais. Essa pesquisa é uma

iniciativa voluntária da Alunorte e faz parte da nossa estratégia de sustentabilidade”, afirma Carlos Neves, Diretor de Operações de Bauxita & Alumina da Hydro.

O estudo faz parte do convênio de cooperação técnica e científica que a empresa assinou com a universidade, em 2019. A pesquisa terá linhas diferentes de atuação como o estudo e mapeamento de peixes que habitam a região, a investigação do modo de como os vegetais reagem aos estímulos do ambiente onde vivem, a avaliação do conjunto de organismos que residem nos ambientes aquáticos, assim como algas e estudo de insetos que vivem pelo menos um estágio do ciclo de vida em rios e igarapés, como libélulas, percevejos, besouros, dentre outros. Serão oito profissionais envolvidos no projeto entre professores e empregados da Hydro, além dos alunos. Ao todo serão distribuídas 18 bolsas de estudo entre mestrado, doutorado e pós-doutorado, mais 10 bolsas de iniciação científica. Os pesquisadores irão recolher amostras dos organismos aquáticos e a própria água dos riachos para levarem aos laboratórios e realizarem as análises da pesquisa.

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BEM ECO

CORRIDA PELO MEIO AMBIENTE

Cerca de 2.200 corredores da capital paraense comemoraram o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado ontem, participando da Corrida do Bem Eco, e tiveram como cenário a beleza do Portal da Amazônia. A prova que teve percursos de 5 km e de 10 km, contou com patrocínio da Vale via Lei de Incentivo ao Esporte.

Para Moisés Gaioso Saraiva, 1º lugar masculino, na categoria 5 km toda prova é uma superação. “Estou feliz com mais essa conquista. É especial ver o crescimento de eventos como esses e saber que as empresas estão apoiando o esporte é espetacular. Todos aqui são campeões”, comemorou.

A prova também trouxe, além da prática esportiva, atividades voltadas à conscientização com relação aos cuidados com o meio ambiente. Na arena do evento, um estande com painel interativo apresentou os projetos desenvolvidos pela Vale no Pará, como os corredores ecológicos e a recuperação de áreas degradadas a partir do plantio de castanheira-do-Pará.
Os visitantes puderam ainda conhecer, a partir de uma visita virtual, em 3D, o Parque Zoobotânico Vale (PZV), que fica na Serra dos Carajás, município de Parauapebas, e também conferiram o quanto deixariam de emitir em gases poluentes ao adotar práticas mais sustentáveis no dia a dia na “Calculadora de Carbono”. A programação encerrou com doação de mudas.

Outra ação ambiental da corrida foi a atuação da cooperativa de coletores de Belém que coletaram os resíduos gerados durante o evento, como garrafas de água, banners, painéis entre outros materiais. “Ficamos felizes de participar deste evento e ajudando na preservação do meio ambiente”, declara Maria do Socorro Ribeiro, presidente da Cooperativa de Trabalho dos Catadores da Coleta Seletiva de Belém.

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FLORESTAL

Recorde histórico
de hectares plantados

FLORESTAL

Recorde histórico de hectares plantados

Em sintonia com as tendências mundiais de sustentabilidade para diminuir impactos causados ao meio ambiente, o Grupo Aço Cearense conta com uma força importante na busca de uma economia cada vez mais circular, conceito que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais e conservação do bem-estar coletivo, a SINOBRAS Florestal. No mês de maio deste ano, a empresa atingiu a sua marca histórica de 4.780 hectares de eucalipto plantados, matéria-prima utilizada na produção do redutor bioenergético fornecido para a Siderúrgica Norte Brasil S. A. - SINOBRAS, que também faz parte do Grupo Aço Cearense. O recorde foi registrado no programa de plantio 22/23, atingindo mais de 4 milhões de mudas plantadas em áreas de 5 fazendas da empresa.

A SINOBRAS Florestal passou por algumas etapas para chegar a esse resultado, como planejamento, compra, disponibilidade e chegada dos insumos e mudas na data programada, mão de obra, equipamentos,

replantio, chuva na medida certa, distância dos plantios e infraestrutura móvel para colaboradores e máquinas. “Esse recorde reforça o nosso caminho para a autossustentabilidade no fornecimento de redutor bioenergético para a produção de aço da SINOBRAS. Estamos expandindo o nosso ativo florestal, aumentando a capacidade de produção de carvão vegetal e o programa de plantio para 4.000 hectares/ano”, ressalta Juliane Costa, Gerente da SINOBRAS Florestal.

Hoje, a SINOBRAS Florestal gera cerca de 200 empregos diretos e, na época de plantio, esse número praticamente dobra com as contratações para as operações sazonais. A empresa realiza ainda parcerias com instituições como a Universidade Federal de Viçosa, por meio da EMBRAPII - Associação Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, em prol do desenvolvimento e fortalecimento da capacidade de inovação brasileira, gerando grande valor para o estado do Tocantins.

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PROJETOS

REFLORESTAMENTO COM ESPÉCIES NATIVAS

Uma mineração sustentável do Pará para o mundo. É assim que MRN desenvolve mineração de bauxita em plena Amazônia, sendo referência em reflorestamento com espécies nativas. Em 2021, a empresa fez replantio de 523,8 hectares. As mudas utilizadas nesses processos saem direto do Viveiro Florestal. No ano passado, foram produzidas um total de 845.346 mudas de 95 espécies do bioma amazônico e inseridas nas áreas mineradas 706.855 mudas de cerca de 73 espécies.

Todo esse trabalho conta a expertise dos comunitários, que fazem a coleta de sementes que são compradas pela MRN. Assim, além de serem peças fundamentais na preservação ambiental, eles também têm a oportunidade de geração de renda para suas famílias.

A MRN desenvolve inúmeras ações socioambientais voltadas para geração de renda, educação ambiental, saúde e cultura. Este ano, a novidade vem do Projeto de Apoio à Piscicultura, com a substituição das bombonas plásticas de 50 litros pelas garrafas PET de dois litros para construção de tanques de peixe. A ideia é agregar valor e diminuir custos para os piscicultores atendidos na região do médio Trombetas.

Francisca Gomes, da comunidade de Acapuzinho, conhecida como “Vovó Chiquinha”, vê no projeto uma forma de cuidado com o meio ambiente. “Há dez anos, eu trabalho com a criação de peixe e quando

a equipe chega na comunidade é uma alegria porque é para colaborar com a melhoria da nossa produção. Dessa vez, é com o uso das garrafas. Muitas pessoas jogam as garrafas fora, às vezes de forma incorreta, poluindo o meio ambiente. Com essa ideia, elas estão sendo úteis para a comunidade e, ainda, diminui os nossos custos. É muito bom ter a doação das garrafas e com a ajuda da tecnologia deles junto com a nossa experiência, podemos fazer uma troca de saberes”, relata.

Com a adoção dessas práticas mais sustentáveis há uma economia de cerca de R$ 35 mil, que será redirecionada para projetos sociais em atendimento nas comunidades.

Para incentivar a conscientização do cuidado ao meio ambiente de forma integrada com a população, a MRN promove anualmente o concurso cultural “Orgulho de crescer com a natureza à nossa volta”. Em sua 3ª edição, a ação faz parte da programação do mês do Meio Ambiente, celebrado neste mês de junho.

Por meio de duas modalidades culturais, Desenho e Fotografia, centenas de pessoas enviaram trabalhos que mostram o valor dos olhares e talentos locais por meio de uma abordagem artística e interativa. As inscrições abrangeram moradores, universitários, estudantes do ensino fundamental e médio, comunidades ribeirinhas e quilombolas e empregados, diretos e terceirizados, da empresa. O resultado dos vencedores será divulgado até o final do mês.

“A partir dos trabalhos artísticos das crianças e das pessoas, que vivenciam no dia a dia o contato com a natureza, podemos entender sobre o legado que estamos levando às comunidades e construindo para as futuras gerações, e ainda, estimular um olhar mais sensível para o cuidado com o meio ambiente”, destaca Karen Gatti, gerente geral de Comunicação da MRN.

CARREIRAS NA MINERAÇÃO

ENGENHARIA
AMBIENTAL

CARREIRAS NA MINERAÇÃO

ENGENHARIA
AMBIENTAL

Desenvolver técnicas de preservação ambiental e avaliar o impacto de obras no meio ambiente com o intuito de prevenir a poluição da água, do solo e do ar. Essas são algumas das atribuições da profissão de engenharia ambiental, que na mineração é fundamental para o andamento das operações nas áreas de atuação.

Formada desde 2010 pela Universidade Estadual do Pará (UEPA), Erika Figueiredo Ribeiro tem uma longa experiência e hoje atua de forma especializada na área da mineração. “Trabalhei em projetos também de mineração alguns outros, mas iniciei minha carreira em consultoria ambiental, elaborando estudos para pedidos de licenciamento de projetos de mineração. Atuei em processos de licenciamento de mineração, em Itaituba, passando pela gestão de resíduos industriais gestão de produtos químicos, promoção do fomento ao cooperativismo e formação da primeira cooperativa de materiais recicláveis de Juruti, até gestão dos processos de licenciamento ambiental da refinaria de alumina e é onde eu estou até hoje”, elencou.

Para ela, o profissional de engenharia ambiental é peça chave para a construção de uma mineração sustentável. “A formação do engenheiro ambiental é construída para que ele seja incorporado em uma operação que tenha como atribuição principal transformar essa operação para que ela seja cada vez mais eficiente e mais sustentável, ou seja, ele observa, calcula e propõe soluções para evitar perdas desperdícios de consumo de materiais de consumo de água geração de resíduos direto na operação”.

No Pará, o mercado está aquecido por conta das atividades minerárias atuantes na região. Diante desse cenário, Erika considera como certa a presença do profissional como uma necessidade de conservação dos recursos naturais. “Existe um mercado muito grande considerando inclusive o tamanho do estado. É importante a presença do profissional de ambiental para compatibilizar essas novas operações com a conservação do ambiente onde ele vai ser instalado. O trabalho é necessário nesse aperfeiçoamento da operação a ponto de que essa operação minerária ocorra de forma sustentável respeitando o meio ambiente a sociedade”, concluiu Erika.

VÍDEO

DIREITO
MINERÁRIO
SUSTENTÁVEL

O direito minerário estuda as normas e procedimentos pautado em conciliar os direitos e deveres do minerador, do Estado, do proprietário e com os princípios do desenvolvimento sustentável. Para falar mais sobre o assunto no contexto amazônico, convidamos o advogado especialista do assunto Caio Gomes, que comenta sobre a importância de priorizar a sustentabilidade nas corporações.