O Simineral tem novo presidente: o executivo da Hydro, Anderson Baranov, eleito para o cargo no último dia 11 de setembro. Esta é a segunda vez que Anderson assume a gestão do Sindicato. Na primeira, entre 2021 e 2022, ocorreram as comemorações pelos 15 anos do Simineral, o Prêmio Simineral de Comunicação, a atualização da identidade visual de comunicação da instituição e diversos outros projetos.
Nesta edição do Simineral On, em um bate-papo com o jornalista Gabriel Pinheiro, Baranov fala sobre as metas, desafios e perspectivas dessa nova fase. Baranov também comenta sobre as expectativas e preparação para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, em Belém (PA). Confira:
O Dia da Amazônia, em setembro, é sempre uma oportunidade de reflexão sobre como as políticas públicas, projetos e ações podem contribuir para proteger este, que é um dos maiores patrimônios do Brasil, e, ao mesmo tempo, garantir o desenvolvimento sustentável da região.
Nesse aspecto, o setor mineral desempenha um papel de destaque, por ser um dos mais importantes segmentos econômicos da região e por entender o papel decisivo que possui na contribuição para o desenvolvimento equilibrado de pessoas, territórios e conservação dos bens naturais.
Durante a data, diversas empresas divulgaram de que forma têm contribuído para alcançar esses objetivos. No oeste do Estado, por exemplo, a Alcoa, em parceria com o poder público e consultorias especializadas, contribui para o Plano de Conservação da Biodiversidade e o Zoneamento Econômico-Ecológico de Juruti, além da criação das Unidades de Conservação: Reserva de Vida Silvestre Lago Mole e APA Jará, um ecossistema protegido presente em 5 mil hectares de floresta amazônica, entre áreas de várzea e igapós, igarapés e lagos.
Já a MRN destacou sua referência no desenvolvimento de técnicas de restauração de áreas mineradas. A empresa já reflorestou mais de 7.500 hectares e, somente entre os anos de 2019 e 2021, investiu mais de R$ 10 milhões em reflorestamento dessas áreas.
A Vale também atua de forma significativa para conservar uma parte da Amazônia, mais especificamente a Floresta Nacional de Carajás, um mosaico de mais de 800 mil hectares, mantido e cuidado pela empresa em parceria com o ICMBio e que estoca cerca de 490 milhões de toneladas de carbono equivalente. Além disso, a empresa já investiu mais de R$ 1 bilhão em projetos de proteção, pesquisa e desenvolvimento territorial em toda a Amazônia Legal.
Por falar em emissões de carbono, a descarbonização das operações minerais realizadas na região está entre as principais dessas ações em prol das pessoas e da natureza, em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e com o estipulado no acordo de Paris. O foco é reduzir de forma drástica as emissões até 2030 e alcançar a meta de zero carbono líquido até 2050, apostando em tecnologias e soluções para operar com responsabilidade socioambiental.
E essas ações já começaram. Recentemente, a Hydro anunciou investimento de R$ 1,1 bilhão para a substituição de óleo combustível da sua refinaria Alunorte. Além disso, a empresa já está usando uma tecnologia conhecida como “Tailings Dry Backfill”, que permite que os rejeitos inertes da mineração de bauxita sejam devolvidos às áreas já abertas e mineradas, eliminando a necessidade de construção de barragens de rejeitos e mantendo as áreas mineradas idênticas a como eram antes da atividade.
Neste mês em que celebramos o Dia da Amazônia, prestamos uma homenagem à maior floresta tropical do mundo, lar de uma das mais ricas biodiversidades do planeta e casa de milhões de pessoas.
O Simineral marcou presença na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração (EXPOSIBRAM 2023), realizada em Belém, destacando toda a potência mineral do Pará. De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), Anderson Baranov, a Feira foi uma excelente oportunidade de mostrar o quão importante é a mineração realizada de forma legal e sustentável dentro da Amazônia.
“Isso traz uma motivação extra para que a gente possa mostrar esse lado da mineração, não só de geração de renda e emprego, mas mostrar o compromisso com a Amazônia, mostrar que onde tem mineração legal, tem proteção ambiental. E isso é o que sempre vamos buscar, para que possamos projetar as empresas, trazer investimentos, cultura, apoio à sociedade como um todo”, disse o presidente, frisando ainda que a mineração do Pará está se mostrando cada vez mais moderna, segura e investindo em novas tecnologias.
No estande montado na Feira, o Sindicato apresentou o estado como um dos maiores produtores e exportadores de minério do país, alcançando US$ 18 bilhões em exportações no ano passado, 170 milhões de toneladas de minério comercializadas internacionalmente e a geração de 328 mil empregos diretos e indiretos e R$ 2,9 bilhões arrecadados através da CFEM (Compensação Financeiro por Exploração Mineral)
“Em nosso estande, falamos sobre desenvolvimento sustentável, todas as ações e iniciativas que as mineradoras realizam para um futuro sustentável da atividade no Pará. Um importante momento de troca, de negócios e de conhecer mais sobre esse setor fundamental para o Estado e para o país como um todo”, completou a vice-presidente do Simineral, Ana Carolina Pantoja.
Votação do público: ENAEX
Votação dos expositores: Cidade limpa ambiental
Votação da organização: Vale e MRN (empate)
A agenda da Amazônia é socioambiental, com o “sócio” antes do “ambiental”. Não há soluções para o ambiental se relevado o social como tem prevalecido. As cidades amazônicas são a demonstração cabal da precariedade social da região. E, mais do que pautar a agenda, é preciso de respostas objetivas, apoio concreto em parcerias, recursos, tecnologias e apoio à agenda amazônica.
- Como o setor mineral pode contribuir ainda mais para o desenvolvimento das comunidades dos territórios onde atua?As dimensões do setor mineral no Pará, as atuais e as previstas, exigem atenção especial para os investimentos de longo prazo em agendas transformadoras. O setor mineral trabalha em longo prazo, uma década ou mais antes de se instalar em um território, e depois, opera por meio século ou mais; assim, é preciso contribuir para o fortalecimento da sociedade civil local para que a agenda local da mineração seja transformadora e não aquela pautada pelo imediatismo. A maior parte dos empregos não será gerada na atividade mineral e sim nos serviços, comércio e na agricultura e é preciso que o território efetivamente se desenvolva e não se resuma a um grande pasto e sequer consiga produzir os alimentos que consome. A mineração tem todas as condições de estimular e participar numa agenda sustentável que supere a pobreza e as atividades de alto impacto socioambiental. A pergunta central de cada
investimento do setor deve ser: esta ação contribui efetivamente para o desenvolvimento socioambiental do território?
- Como você avalia os resultados dos projetos que já vêm sendo realizados pelo setor?Diferentes iniciativas vêm mostrando o seu potencial de transformação, mas é preciso ganhar escala, deixar de ser algo local, piloto, que possa alcançar mais municípios ou mesmo regiões. Iniciativas apoiadas pelo setor têm todas as condições de serem políticas públicas e serem transformadoras.
Diretor geral do Instituto Peabiru
Em agosto, o Fundo de Sustentabilidade Hydro, em parceria com o Instituto Iungo, Instituto Reúna e a iniciativa Uma Concertação pela Amazônia, lançaram o programa Itinerários Amazônicos. As redes públicas de ensino de 8 dos 9 estados por onde se estende a Amazônia Legal já aderiram ao programa: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Roraima e Tocantins. Juntos, esses estados têm mais de 54 mil professores, 1 milhão de estudantes e 3 mil escolas de Ensino Médio.
Com duas frentes complementares - materiais curriculares e formação continuada de professores e gestores escolares - o programa Itinerários Amazônicos visa levar, de forma aprofundada, temas que tocam a região - como mudanças
climáticas, questões sociais, culturais e econômicas - de maneira articulada com a Base Nacional Comum Curricular e os currículos estaduais de Ensino Médio.
Leia mais: https://www.hydro.com/pt-BR/imprensa/noticias/ 2023/programa-leva-conhecimento-sobre-a-amazonia-para-asala-de-aula/
Conheça o programa Itinerários Amazônicos:
Youtube do programa: https://www.youtube.com/@ItinerariosAmazonicos @ItinerariosAmazonicos
Acesse o site do programa: https://itinerariosamazonicos.org.br/
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com Fundo Vale, Energisa e Norte Energia lançaram edital no âmbito do Programa Floresta Viva, que destinará até R$ 26,7 milhões em recursos não reembolsáveis para projetos de restauração de áreas degradadas e fortalecimento de cadeias produtivas da bacia hidrográfica do Xingu, na região amazônica.
O edital define metas relacionadas à elaboração e à aprovação de diagnóstico e plano de restauração; implementação e
monitoramento do plano de restauração e fortalecimento das cadeias produtivas associadas à restauração das áreas selecionadas. Serão apoiados até nove projetos distribuídos em três regiões principais: Baixo Xingu; Médio Xingu e Alto Xingu, que perpassam os estados do Pará e Mato Grosso.
Leia mais: https://www.funbio.org.br/floresta-viva-lancaedital-de-r-267-milhoes-para-restauracao-ecologica-na-baciado-rio-xingu/Ter consciência ambiental é compreender que a sobrevivência dos ecossistemas depende de ações do cotidiano dos indivíduos. Para contribuir com isso, a SINOBRAS Florestal, empresa do Grupo Aço Cearense localizada no Tocantins, está cada vez mais focada na sustentabilidade, investindo em pesquisas de melhoramento genético de clones e em práticas inovadoras de manejo silviculturais para garantir o melhor rendimento dos ativos florestais, o que contribui com a preservação do meio ambiente. No primeiro semestre de 2023, a empresa concluiu o plantio de 4.545 hectares de mudas plantadas com vários clones, incluindo clone próprio, o SI0520, para a produção de redutor bioenergético para a produção de aço da SINOBRAS, siderúrgica do Grupo.
Ícaro Taborda, coordenador de silvicultura da SINOBRAS Florestal, explica: “O desenvolvimento do clone foi feito pela própria SINOBRAS Florestal e as espécies eucalipto e corymbia contribuem significativamente com o equilíbrio do meio ambiente, impactando na melhoria da qualidade do ar, na diminuição da poluição sonora, no aumento da biodiversidade, no equilíbrio natural do conforto térmico, na redução da erosão, na recuperação de áreas degradadas, além de melhorar a vazão de mananciais hídricos e diminuir a pressão em florestas nativa”.
Leia mais: https://www.grupoacocearense.com.br/sinobras/sustentabilidade/sinobras-florestal/